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Derrotado, Bolsonaro volta a criticar urnas eletrônicas


Depois de poucos dos seus candidatos apadrinhados terem tido sucesso nas eleições municipais, o presidente Jair Bolsonaro colocou em xeque, mais uma vez, a confiabilidade do sistema eleitoral brasileiro, informa o Estadão.


Para apoiadores nesta segunda-feira, o chefe do Executivo voltou a citar o uso do voto impresso ao justificar que é preciso um sistema que "não deixe dúvidas" ou "margem para suposições".


"Nós temos que ter um sistema de apuração que não deixe dúvidas. É só isso. Tem que ser confiável e rápido, não deixar margem para suposições", disse. Na sequência, Bolsonaro mencionou desconhecer o uso do sistema eleitoral brasileiro, apurado por meio de urna eletrônica, em outros países no mundo.


"Tenho proposta, tive né. O Supremo (Tribunal Federal) disse que é inconstitucional o voto impresso. (Mas) tem proposta de emendar a Constituição na Câmara. Se não tivermos uma forma confiável de apurar as eleições a dúvida sempre vai permanecer e nós devemos atender a população", disse.


O presidente disse que a demanda por mudanças no sistema eleitoral do País vem do "povo". "Muita gente fala, alguns falam, sem ouvir o povo, sem sair de seus gabinetes. No meu caso, estou sempre ouvindo a população. Eles querem um sistema de apuração que possa demorar um pouco mais, não tem problema nenhum, mas que seja garantido que o voto que essa pessoa deu vá para aquela pessoa realmente de fato. É só isso", declarou.


Nas eleições deste ano, houve lentidão na apuração de votos logo após o fim do pleito causada por um problema em processadores de um computador, segundo explicação do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso. De acordo com o TSE, tradicionalmente a totalização de 100% dos votos só é concluída ao longo da segunda-feira seguinte à votação, com a contagem de votos de locais de difícil acesso.


Apesar da demora, Barroso tentou afastar as suspeitas sobre a possibilidade de se fraudar os resultados. Segundo ele, não é possível que haja fraude porque os resultados em cada urna são impressos em um boletim, ao final da votação, afixados na seção eleitoral e distribuídos aos partidos.

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