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Bolsonaro insiste: “histeria”. E vai fazer a sua festinha

  • Foto do escritor: Gaudêncio Torquato
    Gaudêncio Torquato
  • 17 de mar. de 2020
  • 2 min de leitura

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a afirmar, nesta terça-feira, que existe uma "histeria" em relação à crise do coronavírus e disse que fará uma "festinha tradicional" para celebrar seus 65 anos, informa a Folha de S. Paulo.

O presidente faz aniversário no sábado (21). Especialistas em saúde recomendam evitar aglomerações e reduzir o contato social para fazer frente à crise sanitária.


"Eu faço 65 daqui a quatro dias", disse à rádio Super Tupi. O apresentador do programa em seguida lhe pergunta: "Vai ter bolo presidente?"


"Vai ter uma festinha tradicional aqui. Até porque eu faço aniversário dia 21 e minha esposa dia 22. São dois dias de festa aqui. Emenda, dia 21, próximo de meia-noite ela minha cumprimenta; logo depois eu a cumprimento".


Além de falar que realizará o evento para o seu aniversário, Bolsonaro afirmou que medidas adotadas por governadores para conter o Covid-19 vão prejudicar muito a economia:


"Esse vírus trouxe uma certa histeria. Tem alguns governadores, no meu entender, posso até estar errado, que estão tomando medidas que vão prejudicar e muito a nossa economia. A vida continua, não tem que ter histeria. Não é porque tem uma aglomeração de pessoas aqui e acolá esporadicamente [que] tem que ser atacado exatamente isso. [É] tirar a histeria. Agora, o que acontece? Prejudica".


Diferentes governadores adotaram nos últimos dias medidas para diminuir a circulação de pessoas em seus Estados, numa tentativa de diminuir a velocidade de disseminação do vírus.


À rádio o presidente questionou ainda o fechamento de feiras e outros pontos que concentram atividade econômica:


"Eu vi aí, não sei se é verdade, que a nossa Feira dos Nordestinos está proibida de funcionar. Isso é uma histeria. Porque o cara não vai na Feira do Nordestino, ele vai na esquina ali comer um churrasquinho de gato num outro lugar qualquer para se juntar. O cara não vai ficar em casa. Então essa histeria leva a um baque da economia".


"Quando você proíbe o jogo de futebol, o cara que vende o chá-mate ali na arquibancada, o cara que guarda o carro lá fora, perdeu o seu emprego. Ele, que já não vive muito bem, porque está na informalidade, vai ficar sem um ganha-pão e vai continuar se virando, correndo atrás de ganhar a vida em outro [lugar], continuar transitando no meio da população como um todo. E vai ter mais dificuldade, e em tendo mais dificuldade come pior; acaba não comendo adequadamente, ele fica mais debilitado. Em o coronavírus chegando nele, tem uma tendência maior de ocupar um leito hospitalar".


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