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Bolsonaro critica a 'farsa' do desemprego. Servidores reagem


O presidente eleito Jair Bolsonaro pretende mudar a forma como se calcula oficialmente o número de desempregados no Brasil: “Vou querer que a metodologia para dar o número de desempregados seja alterada no Brasil. O que está aí é uma farsa”, afirmou em entrevista à Band News.


Para ele, “quem recebe bolsa-família é tido como empregado, quem não procura emprego há mais de um ano é tido como empregado, quem recebe seguro-desemprego é tido como empregado. Temos de ter uma taxa não de desempregados, e sim de empregados. Não tem dificuldade para ter isso aí e mostrar a realidade para o Brasil”.


As afirmações de Bolsonaro causaram indignação entre os servidores do IBGE, responsável pelos cálculos do desemprego no País. Para a associação dos funcionários, o presidente eleito demonstrou completo desconhecimento do conceito de emprego e também da metodologia utilizada pelo corpo técnico:


"A metodologia é aceita internacionalmente. Seguimos orientações da ONU e da Conferência Internacional dos Estatísticos do Trabalho. O cálculo não tem nada a ver com o bolsa-família. A pessoa é considerada ocupada se tiver trabalhado no período de referência da pesquisa. Também não há relação com seguro-desemprego nem com busca por emprego. É possível discordar, mas tem de fundamentar. Dizer que vai mudar é muito grave, porque entramos na casa das pessoas, nosso trabalho é calcado na credibilidade. O IBGE é reconhecido nacional e internacionalmente pela qualidade do seu quadro técnico e pela credibilidade das suas informações. Dentre os princípios que regem seu funcionamento estão a independência política e a autonomia técnica na definição de suas metodologias”.

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