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Bebiano, afinal, é demitido. Mas o desgaste continua.


O porta-voz do governo, general Otávio do Rêgo Barros, anunciou hoje às 18h30 a demissão de Gustavo Bebianno do cargo de ministro da Secretaria Geral. Integrantes do governo estavam impacientes com a demora da exoneração. O porta-voz respondeu a tudo com apenas uma frase: “Foi uma decisão de foro íntimo do nosso presidente”.


"De hoje não passa", antecipou o vice-presidente Hamilton Mourão ao Estado. "Bebianno vai ser exonerado hoje pelo presidente", reforçou. O general da reserva Floriano Peixoto será o substituto de Bebianno.


O fato é que o desgaste desse imbróglio preocupa muito o segmento militar do governo, que considera que a crise foi muito além do que deveria e acabou prejudicando a agenda positiva. Para interlocutores diretos do presidente ouvidos pelo Estado, era preciso encerrar o capítulo Bebianno o quanto antes e acabar com esse clima de guerrilha e desconfiança que tem dominado parte do governo e se acirrou nos últimos dias.


Embora o governo esteja com menos de 50 dias, de 1º de janeiro para cá, os militares tiveram de apagar inúmeros incêndios. O entendimento é de que não pode ser assim o tempo todo, apagar incêndio todos os dias, criando um clima de instabilidade indesejável. Já que a situação de Bebianno ficou insustentável, questionam os auxiliares, e era preciso virar logo a página para o governo voltar a focar em agendas positivas. Que se deixe os fantasmas de lado e se passe a administrar efetivamente as metas governamentais.


Lembram, por exemplo, que a "importantíssima" operação da quarta- passada de transferência de presos perigosos para presídios federais ficou relegada ao segundo plano por causa da crise Bebianno.


Os militares estão um pouco impacientes com essas guerrilhas em redes sociais, que contribuem para atrapalhar o governo, embora reconheçam que este foi o instrumento usado por Bolsonaro para chegar ao comando do País.


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