Apesar do aceno do presidente Jair Bolsonaro de que iniciará a liberação de emendas impositivas e de que abrirá para os parlamentares o direito de indicar aliados para cargos federais nos Estados, líderes de partidos alinhados com o governo, mas que ainda não integram a base, já estabeleceram novas barreiras que deverão ser superadas pelo Palácio do Planalto para que a tramitação da reforma comece, informa o Valor Econômico.
Além de reforçar o pedido para que o governo melhore seu diálogo com o Congresso, prevalece o sentimento de que nada será feito até que o projeto com mudanças nas regras de aposentadoria chegue ao Congresso - a expectativa é que o texto chegue em até 30 dias, segundo estimativa do secretário especial da Previdência, Rogério Marinho.
Ao Valor, líderes de legendas alinhadas ao governo avaliam que a liberação de emendas e a abertura para indicações em cargos nos Estados não serão suficientes para que as siglas decidam se aproximar do governo e deem garantias de apoio à reforma. Um dos líderes destacou que esse “é apenas o primeiro passo de um longo caminho” que terá que ser percorrido por Bolsonaro e seus auxiliares para conseguir ampliar a rede de apoio ao Palácio do Planalto.
O pacote de pedidos, costurado por líderes para demonstrar descontentamento com a articulação do governo, também inclui críticas à “atuação ineficaz” do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e do Major Vitor Hugo, líder do governo na Câmara, considerado por seus colegas como muito inexperiente.
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