O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse nesta quinta-feira que o governo federal prevê receber 24,5 milhões de doses de vacinas em janeiro. Dessas, 9 milhões são da Coronavac, imunizante desenvolvido pelo Instituto Butantã em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, informa o Estadão. Em audiência no Senado, o ministro disse que está "partindo para um contrato" com o laboratório ligado ao governo de São Paulo para compra do imunizante. Ontem, Pazuello deu uma nova estimativa para início da vacinação no País e disse que a previsão é começar em "meados de fevereiro".
Pazuello afirmou aos senadores que o Brasil não está atrasado, mas na "vanguarda" no processo de imunização contra a covid-19. Segundo o ministro, das 24,5 milhões doses que o País deverá receber em janeiro, 500 mil são da Pfizer, 15 milhões da AstraZeneca/Oxford, além das 9 milhões do Butantã/Sinovac.
O ministro citou que há uma acordo assinado com o Butantã para comprar 46 milhões de doses ao todo. O memorando, que não obriga a aquisição, foi firmado em outubro. À época, o ministro chamou o produto de "a vacina brasileira", mas o presidente Jair Bolsonaro desautorizou o ministro por causa de disputa política com o governador João Doria (PSDB). Na ocasião, Pazuello recuou e negou o negócio,
Na audiência, o ministro ainda repetiu que a Fiocruz deve entregar mais de 200 milhões de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca em 2021. No plano nacional de imunização contra a covid-19 apresentado nesta quarta-feira, 16, o governo afirma que terá mais de 350 milhões de doses de vacinas em 2021, sendo que a imunização exige a aplicação em duas etapas.
Pelo calendário da pasta, além das 24,5 milhões de doses em janeiro, a previsão é receber outras 37,2 milhões em fevereiro, sendo 500 mil da Pfizer, 15,2 milhões da AstraZeneca/Oxford e 22 milhões do Butantã. Em março, 31 milhões. "A partir daí equilibra o número", disse Pazuello, sem detalhar o cronograma.
Após estimar o iníco da vacinação em fevereiro ontem, Pazuello voltou a condicionar a data ao registro de uma vacina pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). "Estamos realmente com as previsões prontas. Temos de ter em mente é que estamos presos à entrega e ao registro", disse.
Comentários