A menos de uma semana das eleições, o candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) subiu quatro pontos porcentuais e chegou a 31% das intenções de voto, segundo levantamento Ibope/Estado/TV Globo divulgado ontem. É seu patamar mais alto desde o início desta série de pesquisas. Em segundo lugar, o petista Fernando Haddad se manteve com os 21% registrados no levantamento anterior do instituto, divulgado no dia 26.
A seguir, aparecem Ciro Gomes (PDT), que oscilou de 12% para 11%, e Geraldo Alckmin (PSDB), que manteve seus 8%. Marina Silva (Rede) passou de 6% para 4%, sua taxa mais baixa desde o início da campanha.
No universo dos votos totais, a vantagem de Bolsonaro sobre Haddad aumentou de seis pontos porcentuais para dez em cinco dias. Quando se considera apenas os votos válidos, sem contar os brancos e nulos, o candidato do PSL lidera por 38% a 25%. Para vencer no primeiro turno, um candidato precisa obter 50% mais um dos votos válidos.
Na simulação de um segundo turno entre os candidatos do PSL e do PT, há um empate – os dois somariam 42%.
Ver Bolsonaro se distanciar na liderança não foi a única má notícia para o candidato do PT. No quesito rejeição, a quantidade de eleitores que não admitem votar em Haddad de jeito nenhum deu um salto, passando de 27% para 38%. Mas aí o candidato do PSL segue líder, com 44%.
A divisão do eleitorado por gênero revela que, no intervalo de cinco dias entre as duas pesquisas, Bolsonaro cresceu mais entre as mulheres (de 18% para 24%) do que entre os homens (de 36% para 39%). Parte das entrevistas do levantamento foi feita após os protestos convocados por mulheres, que reuniram multidões nas grandes cidades do País contra o candidato. Apesar da melhora nos números, a rejeição ao deputado continua concentrada no público feminino: a maioria absoluta (51%) afirma que não votaria nele em nenhuma hipótese.
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