A demissão do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República Gustavo Bebianno pelo presidente Jair Bolsonaro foi precedida de uma discussão longa por meio do aplicativo WhatsApp, com troca de acusações entre eles, relacionadas à TV Globo, a uma viagem à Amazônia, e às suspeitas de que haveria candidaturas laranjas no PSL, partido de ambos, informa o Estadão.
Os áudios, datados de 12 de fevereiro, terça-feira passada, foram publicados nesta terça-feira, 19, pelo site da revista Veja e confrontam a versão do presidente, que havia dito que o ex-ministro mentiu ao dizer que ambos haviam conversado naquela data.
Bolsonaro disse em entrevista à Record TV que era mentira que eles houvessem mantido um diálogo antes da alta hospitalar.
As mensagens dão ideia do conjunto de razões para a demissão do ex-ministro, que, segundo a Presidência da República, foram de “foro íntimo” de Bolsonaro.
O presidente é chamado por Bebianno de "capitão" ao longo do diálogo.
Na conversa, Bolsonaro trata a TV Globo como “inimiga” e manda o agora ex-ministro cancelar uma audiência com um representante da direção da empresa, no Palácio do Planalto.
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