
Uma pesquisa XP/Ipespe divulgada nesta segunda-feira mostra que 24% dos brasileiros considera o governo de Jair Bolsonaro ruim ou péssimo. O número representa uma alta de sete pontos percentuais em relação ao registrado na mesma sondagem em fevereiro, segundo informa o Valor Econômico.
A aprovação (ótimo, bom e regular) oscilou de 72% para 69% no período. Dentro da aprovação, 37% consideram o governo ótimo ou bom (eram 40% em fevereiro) e 32% avaliam como regular (mesmo percentual da pesquisa anterior). A perspectiva dos brasileiros em relação ao futuro do governo do capitão também indica deterioração.
Em fevereiro, 15% achavam que o restante do mandato de Bolsonaro seria ruim ou péssimo. Agora, são 20%. A expectativa positiva ou neutra (ótimo, bom ou regular) caiu de 80% para 73%. A pesquisa XP/Ipespe ouviu mil pessoas entre 11 e 13 de março, por meio de entrevistas via telefone em todo o País. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.
A XP/Ipespe questionou as pessoas sobre a publicação, pelo presidente Jair Bolsonaro, de um vídeo obsceno na quarta-feira de Cinzas. A maioria das pessoas (72%) tomou conhecimento da publicação de Bolsonaro e 59% a consideraram inadequada. O presidente postou no Twitter cenas de um homem dançando com o dedo no ânus e de outro homem urinando na cabeça do dançarino. A performance ocorreu durante um bloco em São Paulo e foi usada pelo presidente como exemplo do que é o carnaval de rua no Brasil.
O apoio à reforma da Previdência manteve-se em 64%, mesmo índice de fevereiro. A rejeição oscilou para cima dentro da margem de erro, de 29% para 31%. A fixação de uma idade mínima para aposentadoria é o ponto que mais enfrenta resistência: 31% dos entrevistados discordam totalmente da medida. A proposta de Bolsonaro que tramita na Câmara prevê que mulheres se aposentem a partir dos 62 anos e homens, a partir dos 65.
O tópico com maior apoio é a mudança nas regras previdenciárias para as Forças Armadas: 31% concordam totalmente. O projeto de lei que altera a aposentadoria dos militares ainda não foi apresentado pelo governo ao Congresso.