A vacina contra a covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxfor produz resposta imunológica similar em adultos mais velhos e mais jovens e tem reações adversas menores entre os idosos, anunciou a farmacêutica AstraZeneca nesta segunda-feira, 26, segundo o jornal O Estado de S. Paulo. A vacina, produzida em parceria da empresa com a universidade está sendo testada no Brasil.
Uma vacina eficaz é vista como divisor de águas na luta contra o novo coronavírus, que já matou mais de 1,1 milhão de pessoas, abalou a economia global e impactou a vida de milhões em todo o mundo.
“É animador ver que as respostas imunológicas foram similares entre adultos mais velhos e mais jovens e que as reações adversas foram menores em adultos mais velhos, que têm maior risco de gravidade da doença”, disse um porta-voz da AstraZeneca à agência Reuters. “Esses resultados ajudam a construir a evidência para a segurança e imunogenicidade da AZD1222”, disse o porta-voz, ao usar o nome técnico da vacina.
A notícia de que pessoas mais velhas produzem resposta imunológica com a vacina é positiva porque o sistema imunológico enfraquece com a idade e os mais velhos têm maior risco de morrer com a covid-19.
O porta-voz da farmacêutica se manifestou após a informação ter sido publicada mais cedo pelo jornal The Financial Times. O periódico inglês afirmou que a vacina produziu uma "resposta robusta" em idosos, que são o grupo para o qual a covid-19 traz o maior risco. De acordo com a reportagem, a vacina provoca a produção de anticorpos protetores e de células T em idosos.
Os exames de sangue que testam a imunogenicidade feitos em pacientes mais velhos parecem corroborar resultados divulgados em julho, que mostraram que a vacina gera “respostas imunes robustas” em um grupo de adultos saudáveis de 18 a 55 anos, disse o Financial Times. O jornal afirmou que detalhes dos novos resultados devem ser divulgados em breve em uma publicação científica.
O FT pondera, no entanto, que os testes de imunogenicidade positiva não são ainda garantia de que a vacina se confirmará como segura e efetiva em pessoas mais velhas. Isso só será conhecido quando os testes clínicos forem finalizados.
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