Uma estranha no ninho
- Gaudêncio Torquato
- 23 de jul. de 2018
- 1 min de leitura

O capitão Jair Bolsonaro dizia que procurava uma noiva como vice para sua campanha à Presidência da República. Tentou o senador Magno Malta (PR-ES), militares de alta patente, e acabou escolhendo a professora de Direito Janaína Paschoal, uma das responsáveis pelo processo de impeachment de Dilma Rousseff. Ao ser apresentada na convenção do PSL que oficializou a candidatura de Bolsonaro, Janaína foi antítese: criticou os seguidores do partido por quererem ouvir “um discurso inteiramente uniformizado”. E mais: o PSL corre o risco de se tornar um PT à direita. Para piorar, o filho do candidato, o também deputado Eduardo Bolsonaro, comparou Janaína ao ex-capitão do Exército Brilhante Ustra, considerado um dos maiores torturadores da época militar. A professora disse que seu sentimento foi de “um tapa na cara”, mas “entendi que ele estava tentando me homenagear”.
Pelo jeito, o noivado está mais para o divórcio do que para o casamento.
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