O deputado Paulo Maluf (PP-SP), preso em regime domiciliar desde abril, infringiu uma das condições impostas a ele para não ficar atrás das grades. Ligou cinco vezes um número de celular para falar com um “ministro”. Mas, na verdade, estava ligando por engano para um repórter do jornal Valor Econômico. A ligação ocorreu no mesmo dia em que a Mesa Diretora da Câmara resolveu adiar mais uma vez a decisão sobre a cassação de seu mandato.
Segundo o jornal, o deputado ligou entre as 8h45 e as 9h24 de terça-feira. Ao ser atendido pelo repórter, Maluf demonstrou surpresa ao perceber que havia se enganado. "Esse número não é do ministro?". Em pouco mais de um minuto de conversa, Maluf não chegou a revelar com qual ministro gostaria de falar. Afirmou apenas que se sentia bem, que estava em uma sessão de fisioterapia, e brincou dizendo que não era fácil transformar um carro velho em uma Ferrari novamente.
A Vara das Execuções Criminais do Fórum Criminal central de São Paulo, responsável por fiscalizar e estabelecer as regras do regime domiciliar do deputado, informou ao jornal que o deputado não poderia fazer ligações, pois deve seguir "as mesmas restrições que teria se estivesse cumprindo sua pena no regime fechado".
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