O ministro da Economia Paulo Guedes mostrou régua e compasso ao definir os rumos da economia no governo Bolsonaro, que ele chamou de democracia liberal, de centro-direita, em contraponto à social-democracia que governou o País nos últimos trinta anos.
Na economia, a agenda será liberal, baseada nesses pilares: reforma da Previdência, privatizações, simplificação tributária, descentralização das receitas da União para os Estados e municípios e abertura comercial. Na área dos costumes, o governo será conservador.
Em discurso de quase uma hora, Guedes resumiu definiu as estratégias em sua área: "A despesa da Previdência é o primeiro e o maior desafio a ser enfrentado. Se for bem-sucedida, avançando no Congresso em dois a três meses, o País terá dez anos de crescimento sustentado pela frente. Se, ao contrário, ela não for aprovada, apresentaremos uma proposta de emenda constitucional (PEC) para desvincular e desindexar os gastos do Orçamento. Será a PEC do pacto federativo, pois também permitiria a Estados e municípios destinarem os recursos públicos livremente”.
Nesse plano B, o ministro disse que a PEC daria ao Congresso poderes para definir as prioridades das políticas públicas no Orçamento anual, devolvendo-lhe uma tarefa primordial: "O bonito é que, se der errado, pode dar certo", indicando que essa alternativa reabilitaria a classe política. Guedes foi aplaudido diversas vezes.
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