
O Partido dos Trabalhadores bem que tentou, mas não conseguiu formar nenhuma “frente pela democracia” com representantes de peso de centro e de centro-esquerda. Primeiro tentou o apoio de Ciro Gomes, que viajou rápido para a Europa e saiu de cena. Seu partido, o PDT, concedeu ao PT apenas um “apoio crítico”.
Na sequência, o irmão de Ciro, o senador eleito pelo Ceará Cid Gomes, encerrou o diálogo ao chamar petistas de “babacas” e declarar que o PT vai perder feio. Ele tentou consertar, gravando um vídeo de apoio a Haddad. Tarde demais, o estrago já estava feito.
E o outro nome de peso que os petistas queriam, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, encerrou a conversa antes de ela começar. Numa solenidade hoje no Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), em São Paulo, ele deixou claro que não dá para atravessar a porta que o levaria a apoiar o Partido dos Trabalhadores:
-- Essa porta está enferrujada. E eu acho que a fechadura enguiçou. A população hoje, cada um, vota à vontade. O peso que os partidos têm hoje é relativo. As pessoas estão tomando hoje posição independentemente de apoio.
Ou seja, ninguém quer pegar carona em canoa furada.
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