
O futuro ministro da Economia Paulo Guedes afirmou hoje, durante encontro com industriais na sede da Firjan, no Rio, que é preciso "meter a faca no Sistema S também. Estão achando que a CUT perde o sindicato, mas aqui fica tudo igual? Como vamos pedir sacrifício para os outros e não contribuir com o nosso"? Disse ainda que os empresários parceiros sofrerão menos cortes que os demais.
Ele reiterou a necessidade de formar um pacto federativo envolvendo políticos das esferas estaduais e municipais: "Estamos prontos para ajudar. Acabou o toma lá dá cá. Vamos fazer bonito", ao pedir apoio de Estados e municípios para as reformas do Estado. "Se não apoiar vai lá pagar sua folha. Como ajudar quem não está me ajudando? Quero que dinheiro vá para Estados e municípios, mas me dê reforma primeiro".
Segundo Guedes, no ano que vem os governos vão ter dinheiro com o leilão de áreas de pré-sal excedentes da cessão onerosa. Para que o leilão aconteça, no entanto, espera contar com a ajuda das bancadas regionais no Congresso: "Vai ter dinheiro para todo mundo no ano que vem com cessão onerosa, se Estados e municípios me ajudarem".
O futuro ministro afirmou que ainda há empresários esperando pelo protecionismo do governo, assim como os sindicalistas: “O Brasil é um País rico, virou o paraíso de burocratas, de piratas privados, em vez de ser o País do crescimento econômico".