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Os inconvenientes de Bolsonaro


Se o candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) já é nitroglicerina pura quando abre a boca, seus companheiros de campanha estão na mesma sintonia. Primeiro foi o candidato a vice, general Hamilton Mourão, com declarações infelizes, como a de que famílias só de mães e avós são “fábricas de desajustados”.


Em seguida subiu ao palco o assessor econômico Paulo Guedes, apontado como futuro ministro da Fazenda. Coube a ele jogar uma bomba atômica no mercado e na população ao dizer que estuda a volta da CPMF – o imposto do cheque – no governo Bolsonaro. Imposto do cheque foi extinto por exigência da sociedade brasileira. Enfim, a criação de qualquer novo imposto vai contra o discurso de Bolsonaro, que promete reduzir a carga tributária.


Como resultado, o capitão praticamente afastou os dois de sua campanha.


Aliás, o assessor econômico Paulo Guedes, como o general Mourão, é um falador compulsivo e difícil de entrevistar, pois suas respostas não têm ponto final, emenda assuntos distintos numa mesma narrativa e atropela sem parar os interlocutores.


Uma definição sobre ele foi dada há poucos dias pelo economista Pérsio Arida, um dos formuladores do Plano Real, ex-presidente do Banco Central, do BNDES e assessor econômico do candidato Geraldo Alckmin, do PSDB: “Ele é um mitômano. Nunca produziu um artigo de relevo. Nunca dedicou um minuto à vida pública, não faz ideia das dificuldades”.


Mitômano é o mentiroso compulsivo. Mente com tanta convicção que é capaz de crer na própria mentira. Faz da mentira sua principal qualidade. Adquire dependência da mentira e passa a ter necessidade de mentir.


Exemplos: Discursos de líderes políticos, que criam promessas utópicas e conseguem a crença do público. Como Hitler e seu discurso de purificação da raça ariana.


Para Arida, Bolsonaro e Haddad usam a mesma estratégia de campanha: a farsa, tão comum nas ditaduras latino-americanas.


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