Mesmo líder nas pesquisas, o capitão Jair Bolsonaro (PSL) está cada vez mais isolado em sua campanha à Presidência da República. Em apenas 24 horas levou o fora de dois partidos e, por isso, continua sem vice. O primeiro foi PR, partido do ex-mensaleiro condenado Valdemar Costa Neto e integrante do "blocão", que abandonou a aliança pela qual forneceria o vice da chapa. Do PR o pré-candidato ganharia fantásticos 45 segundos a mais de tempo na propaganda de rádio e TV.
Bolsonaro buscou então o minúsculo PRP para ter como vice o general da reserva Augusto Heleno. Mas o partido não quis dar seus magros quatro segundos ao capitão. Prefere alianças regionais, como a do PT da Bahia. Por enquanto, o PSL de Bolsonaro tem apenas oito segundos na propaganda do rádio e da TV, menos do que Enéas Carneiro tinha em 1989 - tempo de gritar seu nome e nada mais.
Os políticos estão fugindo do capitão como o diabo da cruz. E dizem que se tudo se deve ao seu jeito de ser. Procura o apoio de todos (incluindo os considerados corruptos) e ataca a todos ao mesmo tempo.
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