A tendência de um Estado mínimo no novo governo se confirma com as novas indicações do futuro ministro da Economia para sua área: Rubem de Freitas Novaes para o Banco do Brasil, Pedro Duarte Guimarães para a Caixa Econômica Federal e Salim Mattar para a Secretaria de Privatizações, segundo o Estadão.
Os novos indicados por Guedes terão pela frente a missão de vender ativos e reduzir despesas. Guimarães, sócio do banco de investimentos Brasil Plural, é especialista em privatizações e foi um dos responsáveis por fazer o levantamento das estatais que poderiam ser vendidas na gestão Bolsonaro. Ele trabalhou com Guedes no BTG Pactual, na época em que o futuro ministro era sócio do banco de investimentos.
Novaes é amigo pessoal de Guedes. Ambos estudaram Economia na Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, e rezam a cartilha do liberalismo econômico. O futuro presidente do Banco do Brasil já foi diretor do BNDES. Na quinta à noite ele disse que as orientações de Guedes são no sentido de reduzir o papel do Estado, ganhar eficiência, enxugar e privatizar o que for possível: “Vamos buscar bons resultados e tornar o banco mais competitivo, mas de uma maneira enxuta”.
O indicado para a Caixa é genro de Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, responsável pelas obras no triplex do Guarujá e no sítio em Atibaia, ambos atribuídos ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e condenado pela Lava Jato. Bolsonaro não quer na sua equipe pessoas envolvidas com corrupção. Mas nada foi encontrado que pudesse desabonar a conduta de Guimarães.
O futuro secretário de Privatizações, o empresário Salim Mattar, é sócio e presidente do Conselho de Administração da locadora de carros Localiza. Sua secretaria será vinculada ao futuro Ministério da Economia e deve cuidar das vendas de ativos do governo, como imóveis ou subsidiárias de estatais.
Na quinta-feira, Guedes também anunciou que o pesquisador aposentado do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Carlos von Doellinger foi escolhido para presidir a instituição. Economista pela UFRJ, ele já foi presidente do Banerj e ocupou, durante a gestão de Delfim Netto no Ministério da Fazenda (1967-1974), um cargo análogo ao de secretário do Tesouro Nacional.
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