O presidente Jair Bolsonaro pretende mostrar o “novo Brasil” nesta terça-feira em sessão plenária do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça. As dúvidas dos investidores estrangeiros giram em torno de três pontos: como o novo governo pretende reduzir o protecionismo, encorajar investimentos e acelerar as privatizações.
Bolsonaro explicou que o texto será breve e foi “corrigido” por ministros: “Farei discurso curto, objetivo e claro. Vamos dar o recado mais amplo possível de um novo Brasil desde que chegamos ao poder”.
Apesar do otimismo brasileiro, nuvens mais carregadas começam a escurecer o cenário da economia mundial, segundo informa o correspondente do Estadão em Davos, Jamil Chade.
Os dados divulgados em Pequim e Nova York não deixam dúvidas: o crescimento da economia mundial pode ter atingido um pico e, em 2019 e 2020, o risco é de uma desaceleração.
Na China, o resultado do PIB em 2018 apontou o pior índice de crescimento em 28 anos, de 6,6%. Na ONU, o informe lançado nesta segunda-feira sobre o crescimento da economia mundial tampouco deixa dúvidas: o ritmo da expansão alimentada por uma injeção de incentivos fiscais nos Estados Unidos não continuará no mesmo padrão nos próximos dois anos.
Disputas comerciais entre as maiores economias do mundo, elevadas dívidas e eventos climáticos extremos são alguns dos principais riscos.
Para 2019 e 2020, o crescimento global previsto é de 3%, abaixo da taxa de 3,1% em 2018. Nos EUA, os efeitos dos pacotes de estímulo vão perder força e a taxa será de 2,5% em 2019 e apenas 2% em 2020.
Na Europa, a projeção é de uma expansão de 2% em 2019, enquanto para a China a previsão da ONU é de um crescimento de 6,3% neste ano, abaixo dos 6,6% de 2018.
O PIB per capita de alguns dos países mais necessitados do mundo ainda verá uma estagnação ou apenas um crescimento marginal.
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