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Nelson Teich pede demissão; general no controle da Saúde


Menos de um mês após assumir o cargo, o ministro da Saúde, Nelson Teich, pediu demissão nesta sexta-feira após entrar em choque com o presidente Jair Bolsonaro. O secretário executivo, general Eduardo Pazuello, assume interinamente, informa O Estado de S. Paulo. "O ministro da Saúde, Nelson Teich, pediu exoneração nesta manhã. Uma coletiva de imprensa será marcada nesta tarde", informou o ministério, em nota. A saída se dá após pressão do presidente Jair Bolsonaro para que ele altere protocolos do Ministério da Saúde envolvendo o uso de cloroquina em pacientes da covid-19. Atualmente, a recomendação da pasta é a utilização apenas em casos graves e de internação. Bolsonaro, porém, tem defendido a prescrição ampla da substância, que não tem o efeito contra a doença comprovada. Pela manhã, ao deixar o Palácio da Alvorada, Bolsonaro chegou a afirmar que a pasta mudaria ainda hoje o protocolo de uso da cloroquina adotado no sistema de saúde. Nos últimos dias, o presidente já havia comentado sobre a mudança. A declaração foi dada após apoiadores questionarem o presidente sobre o assunto no Palácio da Alvorada. O chefe do Executivo argumenta que "é direito do paciente" decidir sobre o seu tratamento. O Conselho Federal de Medicina publicou nota técnica permitindo a prescrição do medicamento mesmo em casos leves da doença, com as ressalvas dos riscos. "O protocolo deve ser mudado hoje porque o Conselho Federal de Medicina diz que pode usar desde o começo. O médico na ponta da linha é escravo do protocolo. Se ele usa algo diferente do que está ali e o paciente tem alguma complicação, ele pode ser processado", afirmou o presidente. Mas havia confronto também na questão do distanciamento social. Diante do aumento de casos de infecção e mortes, Teich vinha recomendando o isolamento, coisa que Bolsonaro não admite, pois o importante para ele é só a economia.

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