A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, afirmou em entrevista à GloboNews que não se arrepende da declaração polêmica que deu logo após assumir o cargo sobre cores para meninos e meninas. E que o governo Bolsonaro não vai acabar com nenhum direito adquirido pela população LGBTI.
Ela voltou a explicar que a frase “menino veste azul e menina veste rosa”, contra o que chama de "ideologia de gênero", foi apenas uma metáfora. Mas não se arrependeu diante da repercussão:
"De jeito nenhum. Foi uma metáfora. Nós temos no Brasil o 'Outubro Rosa', que diz respeito ao câncer de mama com mulheres, temos o 'Novembro Azul', que é com relação ao câncer de próstata com o homem. Então, quando eu disse que menina veste cor de rosa e menino veste azul, é que nós vamos estar respeitando a identidade biológica das crianças".
A frase foi registrada em um vídeo feito por apoiadores, logo após Damares assumir o ministério.
A declaração ficou entre os assuntos mais comentados nas redes sociais nesta quinta-feira. Foi criada também a hashtag "cor não tem gênero". O cantor Caetano Veloso divulgou uma foto usando cor de rosa.
A Associação Nacional de Travestis e Transexuais disse em nota que a declaração da ministra "fere a liberdade individual, o direito à autodeterminação e a dignidade da população trans".
Perguntada sobre políticas públicas para a população LGBTI, Damares afirmou que "nenhum direito adquirido será violado pelo governo Bolsonaro", ao comentar sobre a adoção de crianças por casais gays.
Damares afirmou também ser possível combater o preconceito contra gays "sem dizer para a menina que ela não é menina. É uma questão de política pública, para que não haja exagero da doutrinação ideológica. Vamos continuar combatendo o preconceito".
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