O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), acusou o governo Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, de criarem crises desnecessárias e voltou a defender que, apesar do Palácio do Planalto, o Congresso aprovará a reforma da Previdência.
— O governo virou uma usina de crise permanente que não atingirá a Câmara dos Deputados — disse Maia esta tarde na capital paulista.
Segundo o deputado, o chefe da equipe econômica de Bolsonaro tem uma visão distorcida do que é diálogo e democracia.
— A aprovação da reforma no primeiro semestre está mantida. Estamos blindados de crises, não chega ao Parlamento.
Mais cedo, no Rio, o ministro da Economia, Paulo Guedes, fez duras críticas ao parecer do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), relator da reforma da Previdência na Comissão Especial da Câmara. Guedes afirmou que as mudanças feitas pelo relator, a partir das sugestões apresentadas pelos deputados, obrigarão o País a fazer outra reforma da Previdência dentro de quatro a cinco anos.
Maia lamentou que Paulo Guedes, de quem é aliado desde o período eleitoral e com o qual vem negociando várias medidas, tenha deixado de lado o espírito conciliador após ter sua proposta de reforma modificada pela Câmara.
— Pela primeira vez o bombeiro é a Câmara. O ministro da Economia é sempre o que gera mais tranquilidade, dessa vez não. Maia destacou que esperar aprovar um texto que gere uma economia de até R$ 900 bilhões em dez anos.
O presidente da Câmara afirmou que os deputados estão comprometidos com a reforma da Previdência e trabalhou para concluir com celeridade uma proposta, que foi negociada e pactuada:
— A democracia não é o que um quer.
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