
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu não deixar a prisão em Curitiba nesta quarta-feira para encontrar familiares em uma unidade militar em São Bernardo do Campo, após a morte de um de seus irmãos, Genival Inácio da Silva, conhecido como Vavá, aos 79 anos.
"Na verdade, a decisão foi absolutamente inócua, proferida quando o corpo já estava baixando a sepultura, o enterro já estava acontecendo. Então, nesse sentido, a decisão não tem mesmo como ser cumprida", disse o advogado de Lula Manoel Caetano Ferreira.
O ex-presidente também não concordou em se reunir com a família no local indicado na decisão: "Seria um vexame, um desrespeito com a família que ele fosse se encontrar com a família num momento como esse em um quartel".
Ferreira disse ainda que Lula já se encontra com familiares todas as quintas-feiras, dia de visitas. Segundo o advogado, Vavá era um irmão com quem Lula tinha fortes vínculos afetivos.
“Ele sentiu muito a morte do irmão, e sentiu mais ainda não poder se despedir dele e se encontrar com a família nesse momento de muita tristeza”, disse Ferreira.
A saída do ex-presidente foi autorizada no começo da tarde pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, de plantão no recesso do Judiciário. O corpo de Vavá foi enterrado às 13h em São Bernardo do Campo (SP).