
O ex-ministro da Fazenda do governo Dilma Roussef, Joaquim Levy, deve mesmo ser o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), convidado pelo superministro da Fazenda do futuro governo de Jair Bolsonaro, Paulo Guedes. Ele entra no lugar de Dyogo Oliveira. Para oficializar o nome de Levy, no entanto, Bolsonaro aguarda algumas acomodações políticas: precisa vencer resistências de sua militância nas redes sociais, segundo informa o jornal Valor Econômico.
A argumentação é que Levy foi ministro no governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e secretário de Fazenda do Rio no governo de Sérgio Cabral. Ele ocupou ainda o cargo de secretário do Tesouro Nacional entre 2003 e 2006. Antes de se tornar ministro, em 2014, Levy estava na iniciativa privada, como chefe da Bradesco Asset Management.
Levy é formado em Engenharia Naval e tem Doutorado em Economia pela Universidade de Chicago, a mesma por onde passou Paulo Guedes, conhecida por seu viés bastante liberal na economia. A convivência no governo petista de Dilma não podia mesmo dar certo: ele propôs uma série de medidas para um amplo ajuste fiscal.
O presidente eleito Jair Bolsonaro já afirmou que quer abrir o caixa-preta do BNDES, a começar pelos benefícios concedidos a governos amigos do PT, como os de Cuba, Venezuela, Bolívia, Angola, Moçambique e outros. E a empresários também amigos do PT, eleitos por Lula como “campeões nacionais”, entre eles Eike Batista (grupo X) e a Joesley Batista (dono do grupo JBS, preso por corrupção).