As novas diretrizes do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), publicadas nesta quinta-feira pelo governo federal, incluíram a etapa da alfabetização nos exames a serem aplicados este ano, mas por amostragem.
As provas, voltadas aos alunos do 2º ano do ensino fundamental, haviam sido suspensas em portaria editada em março, posteriormente revogada pelo então ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, demitido em abril.
A nova portaria retoma o texto editado em dezembro do ano passado, pela gestão Michel Temer, estabelecendo como população-alvo do Saeb uma amostra de alunos do 2º ano do fundamental de escolas públicas e privadas, distribuídos nos 26 Estados e no Distrito Federal, que será avaliada com testes de Língua Portuguesa e Matemática. O parâmetro dos exames será a Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Ao anunciar a avaliação do nível de alfabetização, o ministro da Educação Abraham Weintraub errou feio: disse que o custo este ano será mil vezes menor do que o valor contratado. Ele divulgou o valor de R$ 500 mil para atingir cerca de sete milhões de pessoas. Na coletiva, fez questão de ressaltar o valor dizendo que "cada real do contribuinte" era importante. Minutos depois, em nota, o Inep informou que o valor estimado para a realização do sistema de avaliação da Educação Básica era, na verdade, cerca de R$ 500 milhões.
"Vamos avaliar não só o desempenho das crianças como o sistema de ensino como um todo. Nós vamos fazer um exame para sete milhões de crianças a um custo de R$ 500 mil. É importante falar. A postura nossa é sempre de dizer ao pagador de imposto e a sociedade onde está sendo alocado o imposto. Cada real do contribuinte é importante".
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