Um barulho intenso de buzinas se misturou ao choro e aplausos das centenas de pessoas que foram ao Museu da Imagem e do Som (MIS), em São Paulo, onde foi velado o corpo do jornalista Ricardo Boechat, morto ontem em um acidente de helicóptero, segundo a Folha.
O buzinaço foi feito por uma carreata de taxistas, categoria que participava com frequência do programa de Boechat todas as manhãs na BandNews FM. Um ato semelhante ocorreu ontem, em frente à sede Bandeirantes. A homenagem também estava em cima do caixão, que recebeu placas de táxis. Aberto ao público desde o final da noite de segunda, o funeral recebeu filas de fãs para um último adeus ao jornalista, que foi aplaudido ao final da cerimônia.
"Ele defendia a classe para as autoridades e era um jornalista sincero. Todos os taxistas do Brasil se solidarizaram para fazer essa homenagem. Eu sou ouvinte de todos os dias e sempre admirei o trabalho dele", disse Flavio Souza, taxista há 16 anos.
A jornalista Veruska Seibel chegou à cerimônia acompanhada pelas duas filhas, Valentina, 12, e Catarina, 10, e também de Dona Mercedes, mãe do âncora. "Eu quero falar que meu marido era o ateu que praticava o mandamento mais importante, que era do amor ao próximo. Nunca vi alguém se preocupar em ajudar tanto todo mundo. Agora ele é nosso anjinho. Que Deus me ajude com as nossas filhas", disse ela.
A cerimônia de cremação do corpo de Ricardo Boechat terminou por volta das 16h30 desta terça-feira no Cemitério Horto da Paz, em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo. A cerimônia privada foi acompanhada por familiares e amigos de Boechat e durou 30 minutos, informou O Globo.