O presidente Jair Bolsonaro disse que seu filho, o deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL), deverá "pagar o preço" caso se comprove irregularidades no caso envolvendo um ex-assessor dele na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. "Se por acaso errou e isso for provado, eu me arrependo como pai, mas ele terá que pagar o preço por essas ações, que não podemos aceitar", disse Bolsonaro em entrevista à Bloomberg, gravada em Davos, onde participa do Fórum Econômico Mundial. A conversa ainda será exibida pelo canal de televisão.
O ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz, que atuou no gabinete de Flávio, é suspeito de ter movimentações atípicas em uma de suas contas. O MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) avalia se houve participação de parlamentares e servidores da Alerj em movimentações bancárias não compatíveis com seus salários.
Essa é a primeira manifestação direta de Bolsonaro sobre o caso desde que surgiram novos fatos envolvendo seu filho e seu gabinete na Alerj. Em seu texto, a Bloomberg diz que o caso poderia colocar em risco a agenda anticorrupção de seu governo e afetar sua base aliada.
E ontem surgiu mais uma grave suspeita sobre Flávio Bolsonaro: seu gabinete na Alerj empregou a mãe e a mulher de um ex-policial militar acusado de comandar milícias no Rio, o ex-capitão Adriano da Nóbrega, de 42 anos, expulso da PM e foragido. Cada uma ganhava R$ 6.490,35 por mês e saíram do gabinete a pedido.
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