
O presidente Jair Bolsonaro classificou nesta terça-feira a reforma da Previdência como uma “encruzilhada” e repetiu que, pessoalmente, não tem vontade de realizá-la, mas reconheceu que ela é necessária. “Como disse o presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ), gostaríamos de não ter que fazer a reforma da Previdência, mas temos”, disse durante abertura da XXII Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, onde dividiu com Maia o palco pela primeira vez após o desgaste entre os dois, informa o Valor Econômico.
Bolsonaro afirmou que nas suas “andanças pelo mundo” ficou claro que os demais países aguardam uma sinalização de que o governo quer reequilibrar as contas públicas. “Não podemos continuar sendo, com todo orgulho que tenho daqueles que produzem, não podemos continuar dependendo apenas de commodities”.
Dirigindo-se a Maia e ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e à plateia de prefeitos, o presidente disse que a responsabilidade dos governantes eleitos é enorme. “O povo tem de dizer para onde devemos ir, não o contrário. Vamos resgatar o futuro do Brasil”, completou, destacando que a emoção o fez sair do script do discurso: “É uma responsabilidade, orgulho e honra falar com uma plateia tão seleta, tão patriota e tão temente a Deus”.
Por sua vez, Maia também saiu em defesa da necessidade da reforma: "Alguém acha que alguém tem prazer de votar a reforma da Previdência como se fosse uma grande agenda de futuro do Brasil? A reforma da Previdência vem hoje organizar o que foi feito nos últimos anos. Vim pedir a cada um de vocês o apoio. A reforma da Previdência não é para o governo federal, estadual e municípios. É para que a gente possa mudar esse quadro de recessão. Nós precisamos do apoio de cada um de vocês para que a gente possa avançar na reforma da Previdência".
Comments