Em sua estreia em eventos internacionais, o presidente Jair Bolsonaro discursou nesta terça-feira na abertura da sessão plenária do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. No discurso de pouco mais de seis minutos, Bolsonaro afirmou, segundo informa o GI, do grupo Globo:
-- o governo investirá "pesado" em segurança para que estrangeiros visitem mais o Brasil;
-- pretende "avançar" para equilibrar preservação ambiental e desenvolvimento econômico;
-- diminuirá a carta tributária para "facilitar a vida" de quem produz;
-- trabalhará pela estabilidade macroeconômica;
-- respeitará contratos;
-- promoverá privatizações;
-- fará o equilíbrio das contas públicas;
-- colocará o Brasil no ranking dos 50 melhores países para se fazer negócios;
-- fará a "defesa ativa" da reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC);
-- defenderá a família e os "verdadeiros" direitos humanos;
-- protegerá o direito à vida e à propriedade privada;
-- promoverá uma educação voltada aos desafios da "quarta revolução industrial", que consiste na aplicação de tecnologias modernas (como inteligência artificial, automação e 5G) na indústria.
Bolsonaro foi o primeiro chefe de Estado da América Latina a discursar na abertura do fórum. Cerca de 250 autoridades do G20 (grupo que reúne as vinte principais economias do mundo) e de outros países compareceram ao evento.
Ele afirmou que o governo vai promover uma abertura na economia do País: "O Brasil ainda é uma economia relativamente fechada ao comércio internacional, e mudar essa condição é um dos maiores compromissos deste governo".
Disse também que assumiu a Presidência da República com uma "profunda crise ética, moral e econômica". Após dizer que não aceitou pressões políticas para montar seu ministério, o presidente apresentou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, como "homem certo" para o combate à corrupção e o combate à lavagem de dinheiro.
Sobre segurança: "Vamos investir pesado na segurança para que vocês nos visitem com suas famílias, pois somos um dos primeiros países em belezas naturais, mas não estamos entre os 40 destinos turísticos mais visitados do mundo. Conheçam a nossa Amazônia, nossas praias, nossas cidades e nosso pantanal. O Brasil é um paraíso, mas ainda é pouco conhecido".
Sobre o Mercosul: “Estamos preocupados sim em fazer uma América do Sul grande, que cada país, obviamente, mantenha a sua hegemonia local. Não queremos uma América bolivariana como há pouco existia no Brasil em governos anteriores”. Por fim, ressaltou as vitórias recentes em países do continente de políticos de centro e de centro-direita o que, segundo ele, é uma resposta à esquerda. “Creio que isso seja uma resposta que a esquerda não prevalecerá nessa região, o que é muito bom no meu entender, não só para América do Sul, bem como para o mundo”.
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