Bolsonaro endossa o ministro: “O nazismo era de esquerda”
- Gaudêncio Torquato
- 2 de abr. de 2019
- 2 min de leitura

Depois de visitar o museu do Holocausto de Israel, cujos estudos indicam que o nazismo foi um movimento de extrema-direita, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) endossou a posição de seu chanceler, Ernesto Araújo, e afirmou que o nazismo foi um movimento de esquerda. Questionado na entrada de seu hotel, em Jerusalém, se concorda com a afirmação, Bolsonaro respondeu: "Sem dúvidas. É o Partido Nacional Socialista da Alemanha". (N. da R. - O nome correto é Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães)
O consenso majoritário entre os historiadores, incluindo os do museu visitado por Bolsonaro, é o de que o nazismo foi um movimento radical de direita. O movimento liderado por Adolf Hitler no século 20 culminou com a morte de seis milhões de judeus.
Bolsonaro também repetiu uma citação que as redes sociais do Planalto haviam divulgado no domingo, primeiro dia de viagem a Israel. "É uma frase minha, que creio que cabe neste local, onde fazemos um exame de consciência: Aquele que esquece o seu passado está condenado a não ter futuro".
(N. da R. - A frase original é um pouco diferente, mas seu significado é o mesmo: “Aqueles que não podem lembrar o passado estão condenados a repeti-lo”. Foi escrita por George Santayana (1863 -1952), pseudônimo de Jorge Agustín Nicolás Ruiz de Santayana y Borrás, um filósofo, poeta e ensaísta espanhol que fez fama escrevendo em inglês).
E continuou o presidente: “Eu amo Israel".
A expectativa era que Bolsonaro anunciasse na viagem a mudança da embaixada do Brasil de Tel Aviv para Jerusalém. Em vez disso, anunciou a abertura de um escritório comercial em Jerusalém. "Um grande casamento começa com namoro", afirmou, sugerindo que os planos estão mantidos. Na noite de ontem, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que acompanha a viagem do pai, disse que a mudança será feita "muito antes do final de seu mandato".
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